A translinguagem no século XXI: transgredindo as concepções estruturalistas e (re)constituindo os sentidos linguísticos
DOI:
https://doi.org/10.47133/NEMITYRA2021112Palabras clave:
Translinguagem, Monolinguismo, Transgressividade, Práticas SociaisResumen
O objetivo deste trabalho é promover uma discussão a respeito da perspectiva translíngue em contraste com o monolinguismo nas realidades linguísticas do século XXI, transgredindo fronteiras entre as línguas e outros recursos semióticos. A base teórica está pautada nas concepções de Makoni e Pennycook (2015); García e Vogel (2017); Canagarajah (2017); Li Wei (2017); Rocha e Maciel (2019); dentre outros. Na orientação estruturalista, as teorias linguísticas têm pensado a língua como entidades fixas e separadas do mundo social, a escrita e a fala como mais relevantes em detrimento de outras modalidades de linguagem através das invenções de autonomia, normas, privilégios, sistematicidade, conhecimento linguístico científico sobreposto ao conhecimento ordinário, onde o indivíduo é inferior à língua. Por outro lado, a translinguagem pode ser considerada uma vertente mais fluida, dinâmica e expansiva nos processos de construção de sentidos ao ressignificar a língua como emergente das práticas sociais. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, a partir de um levantamento em periódicos nacionais e internacionais que indica um aumento no número de interesses em estudos que levam em consideração a linguagem com base na dinamicidade e fluidez.
Referencias
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