Explorando uma oficina de tarefas orais integradas: desafios e oportunidades de letramento em avaliação para professores de Espanhol em Formação Inicial

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47133/NEMITYRA20250702b-A14

Palabras clave:

letramento em avaliação em contexto de línguas, tarefas integradas, habilidades orais, espanhol como língua estrangeira, professores em formação inicial

Resumen

Letramento em avaliação de professores de línguas pode ser entendido como a capacidade de discernir criticamente o quê, como, quando e por que avaliar (Inbar-Lourie, 2008). No contexto brasileiro, no entanto, estudos mostram que os professores de línguas em formação inicial, em geral, não estão sendo adequadamente preparados para planejar, desenvolver e executar processos de avaliação de qualidade (Quevedo-Camargo, 2020). Portanto, em consonância com diversos autores, defendemos que o desenvolvimento do letramento em avaliação deve estar presente desde a formação inicial do professor (Brum-Barreto, 2023; Borges-Almeida, 2023; Giraldo & Murcia, 2019; Harding & Kremmel, 2016; Jaramillo-Delgado & Bedoya, 2019; Restrepo-Bolívar, 2020). Neste sentido, este trabalho tem por objetivo relatar uma experiência com uma oficina de elaboração de tarefas para avaliar habilidades orais integradas para professores de espanhol em formação inicial, em uma universidade pública brasileira, com foco na promoção do letramento em avaliação. Trata-se de um estudo exploratório (Gil, 2002) que analisa o conteúdo (Bardin, 2006) das tarefas integradas produzidas pelos participantes da oficina, investigando suas principais características, bem como as visões de língua e avaliação subjacentes aos instrumentos. À luz dessas análises, buscamos identificar os indícios de impactos da oficina no letramento em avaliação dos participantes, bem como os desafios e potencialidades dessa proposta. Nossos resultados indicam que oficinas curtas podem sensibilizar os participantes para a operacionalização de um método de avaliação mais alinhado a uma visão de língua em uso, embora não sejam suficientes para consolidar habilidades voltadas para a elaboração de instrumentos de avaliação realmente autênticos e confiáveis, ou para modificar concepções de língua. Nesse sentido, reforçamos a inclusão de componentes curriculares voltados para a temática da avaliação na formação inicial de professores de línguas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Bachman, L. F., & Palmer, A. S. (1996). Language testing in practice: Designing and developing useful language tests (Vol. 1). Oxford University Press.

Bakhtin, M. (1997). Estética da criação verbal (2a ed.). Martins Fontes.

Bakhtin, M. (2016). Os gêneros do discurso (5a ed.). Editora 34.

Baralo, M. (2000). El desarrollo de la expresión oral en el aula de E/LE. Carabela, 47, 5-36. https://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/carabela/pdf/47/47_005.pdf

Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo. Edições 70.

Borges-Almeida, V. (2023a, septiembre). Insights and challenges for preservice language teacher assessment literacy in Brazil [Presentación en mesa redonda]. V Seminário de Avaliação de Proficiência em Língua Estrangeira – SEMAPLE 2023, São José do Rio Preto, Brasil.

Borges-Almeida, V. (2023b, mayo). Preservice language teacher needs and interests in assessment: towards an emergency agenda [Presentación oral]. New Directions LATAM, São Paulo, Brasil.

Brookhart, S. M. (2018). Appropriate criteria: Key to effective rubrics. Frontiers in Education, 3, 1-12. https://doi.org/10.3389/feduc.2018.00022

Brown, J. D. (1996). Testing in language programs. Prentice Hall Regents.

Brum-Barreto, A. N. (2023). Letramento em avaliação na formação do professor de espanhol: visão de língua e cultura de avaliar no estágio obrigatório [Tesis de maestría, Universidade de Brasília].

Bygate, M. (2010). Speaking. En R. Carter & D. Nunan (Eds.), The Cambridge guide to teaching English to speakers of other languages (pp. 14-20). Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9780511667206

Cantero Serena, F. J. (2020). Didáctica de la pronunciación: de la corrección fonética al Enfoque Oral. En F. J. Cantero Serena & M. Giralt (Coords.), Pronunciación y enfoque oral en lenguas extranjeras (pp. 1-42). Octaedro.

Consejo de Europa. (2020). Marco común europeo de referencia para las lenguas: aprendizaje, enseñanza, evaluación. Volumen complementario. Servicio de publicaciones del Consejo de Europa. www.coe.int/lang-cefr

Conselho da Europa. (2001). Quadro europeu comum de referência para as línguas: Aprendizagem, ensino, avaliação. Edição portuguesa. Edições Asa. https://area.dge.mec.pt/gramatica/quadro_europeu_total.pdf

Coombe, C., Folse, K., & Hubley, N. (2007). A practical guide to assessing English language learners. Michigan Teacher Training.

Cumming, A. (2013). Assessing integrated writing tasks for academic purposes: Promises and perils. Language Assessment Quarterly, 10(1), 1-8. https://doi.org/10.1080/15434303.2011.622016

Damacena-Dutra, M. M. (2023). A construção do letramento em avaliação na formação inicial de professores de inglês: avaliação de produção oral em foco [Tesis de maestría, Universidade de Brasília].

Davies, A. (2008). Textbook trends in teaching language testing. Language Testing, 25(3), 327-347. https://doi.org/10.1177/0265532208090156

Díaz, D., Quevedo-Camargo, G., & Borges-Almeida, V. (2019). As situações de comunicação do gênero e seu papel na preparação do Celpe-Bras. Letra Magna, 16, 823-845.

Frost, K., Elder, C., & Wigglesworth, G. (2012). Investigating the validity of an integrated listening-speaking task: A discourse-based analysis of test takers' oral performances. Language Testing, 29(3), 345-369. https://doi.org/10.1177/0265532211424479

Fulcher, G. (2012). Assessment literacy for the language classroom. Language Assessment Quarterly, 9(2), 113-132. https://doi.org/10.1080/15434303.2011.642041

Gil, A. C. (2002). Como classificar as pesquisas. Como elaborar projetos de pesquisa, 4(1), 44-45.

Giraldo, F. (2021). A reflection on initiatives for teachers' professional development through language assessment literacy. Profile Issues in Teachers Professional Development, 23(1), 197-213. https://doi.org/10.15446/profile.v23n1.83094

Giraldo, F., & Murcia, D. (2019). Language assessment literacy and the professional development of pre-service language teachers. Colombian Applied Linguistics Journal, 21(2), 243-259. https://doi.org/10.14483/22487085.14514

Harding, L., & Kremmel, B. (2016). Teacher assessment literacy and professional development. En D. Tsagari & J. Banerjee (Eds.), Handbook of second language assessment (pp. 413-428). De Gruyter. https://doi.org/10.1111/lnc3.12124

Inbar-Lourie, O. (2008). Constructing a language assessment knowledge base: A focus on language assessment courses. Language Testing, 25(3), 385-402. https://doi.org/10.1177/0265532208090158

Jaramillo Delgado, J. J., & Bedoya, A. M. G. (2019). Pre-service English language teachers' use of reflective journals in an assessment and testing course. JSR Funlam Journal of Students' Research, 4, 210-218. https://doi.org/10.21501/25007858.3010

Levelt, W. J. (1995). The ability to speak: From intentions to spoken words. European Review, 3(1), 13-23. https://doi.org/10.1017/S1062798700001290

Luoma, S. (2004). Speaking scales. En S. Luoma, Assessing speaking (pp. 59-95). Cambridge University Press.

Ortiz-Preuss, E. (2014). Habilidade oral em L2: da cognição à interação. Revista Horizontes de Linguística Aplicada, 13(2), 167-186. https://doi.org/10.26512/rhla.v13i2.1370

Pileggi, M. G. S. (2015). Tarefas integradas nos exames de proficiência CELPE-BRAS e TOEFL iBT [Tesis de maestría, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório da produção científica e intelectual da Unicamp. https://hdl.handle.net/20.500.12733/1626538

Plakans, L. (2013). Writing integrated items. En G. Fulcher & F. Davidson (Eds.), The Routledge handbook of language testing (pp. 263-275). Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203181287

Plakans, L. (2015). Integrated second language writing assessment: Why? What? How? Language and Linguistics Compass, 9(4), 159-167.

Plakans, L., & Gebril, A. (2017). Exploring the relationship of organization and connection with scores in integrated writing assessment. Assessing Writing, 31, 98-112. https://doi.org/10.1016/j.asw.2016.08.005

Quevedo-Camargo, G. (2014). Efeito retroativo da avaliação na aprendizagem de línguas estrangeiras: que fenômeno é esse? En K. B. Mulik & M. E. Retorta (Eds.), Avaliação no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: diálogos pesquisas e reflexões (pp. 77-93). Pontes Editores.

Quevedo-Camargo, G. (2020). Formação de professores de línguas adicionais e letramento em avaliação: breve panorama e desafios para os cursos de licenciatura em LEM no Brasil. Calidoscópio, 18(2), 435-459. https://doi.org/10.4013/cld.2020.182.10

Restrepo Bolívar, E. M. (2020). Monitoring preservice teachers' language assessment literacy development through journal writing. Malaysian Journal of ELT Research, 17(1), 38-52. https://meltajournals.com/index.php/majer/article/view/558/541

Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. P. B. (2013). Metodologia de pesquisa (5a ed.). Penso.

Scaramucci, M. V. R. (1995). O projeto Celpe-Bras no âmbito do Mercosul: contribuições para uma definição de proficiência comunicativa. En J. C. P. Almeida Filho (Ed.), Português para Estrangeiros: Interface com o Espanhol (pp. 77-90). Pontes.

Scaramucci, M. V. R. (2006). O professor avaliador: sobre a importância da avaliação na formação do professor de língua estrangeira. En L. Rottava (Ed.), Ensino-aprendizagem de línguas: língua estrangeira (pp. 49-64). Editora da UNIJUÍ.

Scaramucci, M. V. R. (2016a). Letramento em avaliação (em contexto de línguas): contribuições para a Linguística Aplicada, educação e sociedade. En C. M. Jordão (Ed.), A Linguística Aplicada no Brasil: Rumos e passagens (pp. 141-166). Pontes.

Scaramucci, M. V. R. (2016b). A avaliação de habilidades integradas na parte escrita do Exame Celpe-Bras. En M. L. O. Alvarez & L. Gonçalves (Eds.), O mundo do português e o português no mundo afora: Especificidades, implicações e ações (pp. 391-425). Pontes Editores.

Skehan, P. (1996). A framework for the implementation of task-based instruction. Applied Linguistics, 17(1), 38-62. https://doi.org/10.1093/applin/17.1.38

Vicentini, M. P. (2019). As tarefas de compreensão oral para produção escrita no Celpe-Bras: construto e operacionalização. Estudos Linguísticos, 48(1), 561-580. https://doi.org/10.21165/el.v48i1.2141

Vogt, K., & Tsagari, D. (2014). Assessment literacy of foreign language teachers: Findings of a European study. Language Assessment Quarterly, 11(4), 374-402. https://doi.org/10.1080/15434303.2014.960046

Descargas

Publicado

2025-08-04

Cómo citar

Aline Netto Brum-Barreto, & Vanessa Borges-Almeida. (2025). Explorando uma oficina de tarefas orais integradas: desafios e oportunidades de letramento em avaliação para professores de Espanhol em Formação Inicial . Ñemitỹrã, 7(2), 217–236. https://doi.org/10.47133/NEMITYRA20250702b-A14

Artículos similares

<< < 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 > >> 

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.